Amor e plenitude

Em qualquer circunstância, a terapia mais eficiente é amar.
O amor possui um admirável condão que proporciona felicidade, porque estimula os demais sentimentos para a conquista do self, fazendo desabrochar os tesouros da saúde e da alegria de viver, conduzindo aos páramos da plenitude.
Ao estímulo do pensamento e conduzido pelo sentimento que se engrandece, o amor desencadeia reações físicas, descargas de adrenalina, que proporcionam o bem-estar e o desejo de viver na sua esfera de ação.
Inato no ser humano, porque procedente do Excelso Amor, pode ser considerado como razão da vida, na qual se desenvolvem as aptidões elevadas do Espírito, assinalado para a vitória sobre as paixões.
Mesmo quando irrompe asselvajado, como impulso na busca do prazer, expressa-se como forma de ascensão, mediante a qual abandona as baixadas do bruto, que nele jaz para fazer desabrochar o anjo para cuja conquista marcha.
A sua essência sutil comanda o pensamento dos heróis,a conduta dos santosm a beleza e cor nas paisagens mais ermas e sombrias que, por acaso, existam.
Pode ver um poema de esperança onde jaz a morte e a decomposição, já que ensina a lei das transformações de todas as coisas e ocorrências, abrindo espaço para que seja alcançada a meta estatuída nas Leis da Criação, que é a harmonia.
Mesmo no aparente caos, que a capacidade humana não consegue entender, encontra-se o Amor trabalhando as substâncias que o constituem, direcionando o labor no rumo da perfeição.
O homem sofre e se permite transtornos psicológicos porque ainda não se resolveu, realmente, pelo amor, que dá, que sorri de felicidade quando o ser amado é feliz, liberando-se do ego a pouco e pouco, enquanto desenvolve o sentido de solidariedade que deve viver em tudo e em todos, contribuindo com a sua quota de esforço para a conquista da sua realidade.
Liberando-se dos instintos básicos, ainda em predomínio, o ser avança, degrau a degrau, na escada do progresso e enriquece-se de estímulos que o levam a amar sem cessar, porquanto todas as aspirações se resumem no ato de ser quem ama.
A síntese proposta por Jesus em torno do amor, é das mais belas psicoterapias que se conhece. Amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo em uma trilogia harmônica.
Ante a impossibilidade de o homem amar a Deus em plenitude, já que tem dificuldade em conceber o Absoluto, realiza o mister invertendo a ordem do ensinamento, amando-se de início, a fim de desenvolver as aptidões que lhe dormem em latência, esforçando-se por adquirir valores iluminativos a cada momento, crescendo na direção do amor ao próximo, decorrência natural do auto-amor, já que o outro é extensão dele mesmo, para, finalmente amar a Deus, em uma transcendência incomparável, na qual o amor predomina em todas as emoções e é o responsável por todos os atos.
Diante, portanto, de qualquer situação, é necessário amar.
Desamando, se deve amar.
Perseguido, é preciso amar.
Odiaro, tornas-e indispensável amar.
Algemado a qualquer paixão dissolvente, a libertação vem através do amor.
Quando se ama, se é livre.
Quando se ama, se é saudável.
Quando se ama, se liberta para a plenitude.
Quando se ama, rompem as couraças e os anéis que envolvem o corpo, e o espírito se movimenta produzindo vida e renovação interior.
O amor é luz na escuridão dos sentimentos tumultuados, apontando o rumo.
O amor é benção que luariza as dores morais.
O amor proporciona paz.
O amor é estímulo permanente.
Somente, portanto, através do amor, é que o ser humano alcança as cumeadas da evolução, transformando as aspirações em realidades que movimentam na direção do bem geral.
O amor de plenitude é, portanto o momento culminante do ato de amar.
Desse modo, através do amor, imbatível amor, o ser se espiritualiza e avança na direção do infinito, plenamente realizado, totalmente saudável, portanto, feliz.

Do livro “Amor, Imbatível Amor”
Pelo Espírito 'Joanna de Ângelis'
Psicografia Divaldo Pereira Franco

Na Doutrina Espírita




Toda crença é respeitável.
No entanto, se buscaste a Doutrina Espírita, não lhe negues fidelidade.
Toda religião é sublime.
No entanto, só a Doutrina Espírita consegue explicar-te os fenômenos mediúnicos em que toda religião se baseia.
Toda religião é santa nas intenções.
No entanto, só a Doutrina Espírita pode guiar-te na solução dos problemas do destino e da dor.
Toda religião auxilia.
No entanto, só a Doutrina Espírita é capaz de exonerar-te do pavor ilusório do inferno, que apenas subsiste na consciência culpada.
Toda religião é conforto na morte.
No entanto, só a Doutrina Espírita é suscetível de descerrar a continuidade da vida, além do sepulcro.
Toda religião apregoa o bem como preço do paraíso aos seus profitentes.
No entanto, só a Doutrina Espírita estabelece a caridade incondicional como simples dever.
Toda religião exorciza os Espíritos infelizes.
No entanto, só a Doutrina Espírita s dispõe a abraçá-los, como a doentes, neles reconhecendo as próprias criaturas humanas desencarnadas, em outras faixas de evolução.
Toda religião educa sempre.
No entanto, só a Doutrina Espírita é aquela em que se permite o livre exame, com o sentimento livre de compressões dogmáticas, para que a fé contemple a razão, face a face.
Toda religião fala de penas e recompensas.
No entanto, só a Doutrina Espírita elucida que todos colheremos conforme a plantação que tenhamos lançado à vida, sem qualquer privilégio na Justiça Divina.
Toda religião erguida em princípios nobres, mesmo as que vigem nos outros continentes, embora nos pareçam estranhas, guardam a essência cristã.
No entanto, só a Doutrina Espírita nos oferece a chave precisa para a verdadeira interpretação do Evangelho.
Porque a Doutrina Espírita é em si a liberalidade e o entendimento, há quem julgue seja ela obrigada a misturar-se com todas as aventuras marginais e com todos os exotismos, sob pena de fugir aos impositivos da fraternidade que veicula.
Dignifica, assim, a Doutrina que te consola e liberta, vigiando-lhe a pureza e a simplicidade, para que não colabores, sem perceber, nos vícios da ignorância e nos crimes do pensamento.
“Espírita” deve ser o teu caráter, ainda mesmo te sintas em reajuste, depois da queda.
“Espírita” deve ser tua conduta, ainda mesmo que estejas em duras experiências.
“Espírita” deve ser nome de teu nome, ainda mesmo respires em aflitivos combates contigo mesmo.
“Espírita” deve ser o claro objetivo de tua instituição, ainda mesmo que, por isso, te faltem as passageiras subvenções e honrarias terrestres.
Doutrina Espírita quer dizer Doutrina do Cristo.
E a Doutrina do Cristo é a doutrina do aperfeiçoamento moral em todos os mundos.
Guarda-a, pois, na existência, como sendo a tua responsabilidade mais alta, porque dia virá em que serás naturalmente convidado a prestar-lhe contas.




Emmanuel ('Religião dos Espíritos' – Chico Xavier)

Casar-se

Não basta casar-se.
Imperioso saber para quê.
Dirás provavelmente que a resposta é óbvia, que as criaturas abraçam o matrimônio por amor.
O amor, porém, reclama cultivo.
E a felicidade na comunhão afetiva não é prato feito e sim construção do dia-a-dia.
As leis humanas casam as pessoas para que as pessoas se unam segundo as Leis Divinas.
Se desposaste alguém que te constituía o mais belo dos sonhos e se encontras nesse alguém o fracasso do ideal que acalentaste, é chegado o tempo de trabalhares mais intensivamente na edificação dos planos que ideaste de início.
Ergueste o lar por amor e tão-só pelo amor conseguirás conservá-lo.
Não será exigindo tiranicamente isso ou aquilo de quem te compartilha o teto e a existência que te desincumbirás dos compromissos a que te empenhaste.
Unicamente doando a ti mesmo em apoio da esposa ou do esposo é que assegurarás a estabilidade da união em que investiste os melhores sentimentos.
Se sabes que a tolerância e a bondade resolvem os problemas em pauta, a ti cabe o primeiro passo a fim de patenteá-las na vivência comum, garantindo a harmonia doméstica.
Inegavelmente não se te nega o direito de adiar realizações ou dilatar o prazo destinado ao resgate de certos débitos, de vez que ninguém pode aceitar a criminalidade em nome do amor.
Entretanto, nos dias difíceis do lar recorda que o divórcio é justo, mas na condição de medida articulada em última instância.
E nem te esqueças de que casar-se é tarefa para todos os dias, porquanto somente da comunhão espiritual gradativa e profunda é que surgirá a integração dos cônjuges na vida permutada, de coração para coração, na qual o casamento se lança sempre para Mais Alto, em plenitude de amor eterno.

Ditado pelo Espírito 'Emmanuel'
Da obra: 'Na Era do Espírito' - Francisco Cândido Xavier

Os animais também oram


Da cauda ao focinho, totalmente preto, era aquele cãozinho que chegava vagarosamente, com dignidade, nas sessões públicas do Centro Espírita Luiz Gonzaga, da cidadizinha rural de Pedro Leopoldo, Minas Gerais, e dirigia-se para o canto, onde Chico estava. Ali ficava, como se estivesse em prece, quieto, olhos fechados.
Terminados os trabalhos, desaparecia silenciosamente como chegara. Uma tarde, a dona de Negrito deparou-se com o médium e falou:
“Imagine, meu cachorrinho às sextas e segundas some das 20 às 2 horas da madrugada, e só agora vim a saber que vai para o Centro! Como é que ele, sendo um animal, consegue vencer todos os obstáculos e fugir para frequentar um ambiente sadio, espiritualmente elevado, enquanto eu, por mais que queira, não tenho forças para ir a um Centro Espírita?”
Chico (as multidões de sofredores e enfermos os seguem, como outrora seguiam a Jesus) sorriu, escondendo a emoção, e a consolou:
“Minha filha, não fique triste. Negrito leva para você um pouco de paz e um dia, que já vem perto, há de trazê-la aqui. Jesus há de ajudá-la.”
Não se passou muito tempo. Logo, a infeliz meretriz, depois de abandonar sua triste profissão, juntamente com seu leal amigo Negrito, começaram a frequentar as aulas de evangelização no “Centro do Chico”...

- Retirado do blog Espirinauta -

Amizade

A amizade é o sentimento que imanta as almas umas às outras, gerando alegria e bem-estar.
A amizade é suave expressão do ser humano que necessita intercambiar as forças da emoção sob os estímulos do entendimento fraternal.
Inspiradora de coragem e de abnegação, a amizade enfloresce as almas, abençoando-as com resistências para as lutas.
Há, no mundo moderno, muita falta de amizade!
O egoísmo afasta as pessoas e as isola.
A amizade as aproxima e irmana.
O medo agride as almas e infelicita.
A amizade apazigua e alegra os indivíduos.
A desconfiança desarmoniza as vidas e a amizade equilibra as mentes, dulcificando os corações.
Na área dos amores de profundidade, a presença da amizade é fundamental.
Ela nasce de uma expressão de simpatia, e firma-se com as raízes do afeto seguro, fincadas nas terras da alma.
Quando outras emoções se estiolam no vaivém dos choques, a amizade perdura, companheira devotada dos homens que se estimam.
Se a amizade fugisse da Terra, a vida espiritual dos seres se esfacelaria.
Ela é meiga e paciente, vigilante e ativa.
Discreta, apaga-se, para que brilhe aquele a quem se afeiçoa.
Sustenta na fraqueza e liberta nos momentos de dor.
A amizade é fácil de ser vitalizada.
Cultivá-la, constitui um dever de todo aquele que pensa e aspira, porquanto, ninguém logra êxito, se avança com aridez na alam ou indiferente ao elevo da sua fluidez.
Quando os impulsos sexuais do amor, nos nubentes, passam, a amizade fica.
Quando a desilusão apaga o fogo dos desejos nos grandes romances, se existe amizade, não se rompem os liames da união.
A amizade de Jesus pelos discípulos e pelas multidões dá-nos, até hoje, a dimensão do que é o amor na sua essência mais pura, demonstrando que ela é o passo inicial para essa conquista superior que é meta de todas as vidas e mandamento maior da Lei Divina.

Joanna de Ângelis.
(In: Momentos de Esperança - Divaldo Pereira Franco)