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O materialismo fez com que o homem abandonasse a religião.
Muitos passaram a ver nela um desagradável fator de limitação;
além de desagradável, desnecessário. A verdade é que as
religiões tradicionais enveredaram por caminhos que nada
tinham a ver com sua essência. Voltando-se para questões de
natureza política e econômica, desviaram-se de sua finalidade,
que é dar o devido suporte para o homem em seus momentos de
aflição; ensiná-lo a relacionar-se com a divindade e,
principalmente, ajudá-lo a disciplinar a sua vontade e controlar
seus instintos. A religião tem, portanto, finalidade pedagógica.
A agonia das religiões deve-se em grande parte ao fato de terem
apresentado um deus humano demais, e uma visão de mundo
incompatível com os avanços e descobertas da ciência. Uma
divindade irascível, ciumenta e vingativa. Foi contra esse deus
pequeno, mesquinho e de forma humana, reflexo de nossas
paixões, que os filósofos do século XIX se rebelaram e
acabaram por destruir. O problema é que não foi colocado nada
em seu lugar e a humanidade, principalmente ocidental, passou a
sentir-se órfã e a agir como tal. Deus é uma necessidade
psicológica dos seres humanos e uma realidade. A religiosidade
é inerente a toda criatura humana. Uma religiosidade que, ao
contrário do que pensam muitos, não é cultural. Precisamos
reaprender a conceber Deus em todos os seus atributos
superiores, tendo-o na figura de um Pai amoroso, justo e bom,
como nos ensinou Jesus. Convém lembrar que ninguém, a não
ser Jesus, trouxe uma visão tão completa e simples acerca do
Criador, na figura do Deus-pai.
Fonte: Adolescente, Mas de Passagem
Escrito por: Paulo R. Santos