A ociosidade espiritual


O Cristão novo, quando finalmente descobre e entende a necessidade de prescindir dos traços negativos que o permeiam na existência terrestre, empolga-se em estudos e tentativas louvadas de melhoramento na análise aprofundada do Evangelho.
Mas, sem querer menosprezar o estudo instrutivo que se faz necessário a todo instante, o trabalho é a estrada primordial que o viajante do Evangelho precisa seguir para desenvolver o caráter propício ao das Excelsas Moradas.
Internalizando, na prática, o exercício constante do bem ao próximo, ele compreende e naturalmente, eleva o pensamento e a noção de moralidade.
Mas, somente a prática da caridade material é necessária para se compreender o conceito nuclear de caridade e amor?
Será que dando o pão ao indigente, e não perdoar as ofensas dirigidas a nós, estaremos praticando caridade?
Será que vestindo o pobre que morre de frio na noite, e não exercer a indulgência para com os defeitos alheios, principalmente dos familiares, estaremos praticando caridade?
Será que trabalhando na casa religiosa, e não perpetrar a benevolência para com todos, todos mesmo, estaremos praticando caridade?
Ou estaremos enganando a si próprio num simulacro de fingimento Cristão para preenchermos uma vaidade perante um grupo?
E Jesus, onde fica nisso?
O trabalho é essencial para o melhoramento pessoal, mas a compreensão do seu objetivo precípuo, que é o bem coletivo e sua prática constante, é que aceleram a verticalização ascensional do caráter.
Reflitamos intensamente isso e pensemos que o Cristão deve treinar sua vontade de melhorar a todo instante.
A vigilância, na reforma íntima, é a melhor ferramenta de cautela que deve ser utilizada para nos condicionar a um pensamento mais orante.
Portanto, vigiemos a todo instante. Isso é trabalhar: o esforço contínuo de fugir da ociosidade espiritual.
Fiquem todos com DEUS e Jesus.