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Ah! meu filho, na concha de teu peito
Via-te o coração por céu vindouro
Encerravas contigo, meu tesouro,
O futuro risonho, alto e perfeito
Entretanto prendi-te a cruz de ouro,
Cujo peso carregas sem proveito,
Abatido, cansado e insatisfeito,
Arrojado a medonho sorvedouro...
Recolhes-te, no encanto do meu jugo,
O fascínio da posse por verdugo
E a preguiça forjando horrendas pragas.
Hoje... chamo-te em vão... ouves apenas
O dinheiro vazio que armazenas
Na demência da usura em que te apagas!...
Do livro: Luz no Lar
por diverso Espíritos
Psicografia: Chico Xavier