Cegos por Opção



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A obrigatoriedade que nos cobra à evolução, põe à nossa frente meios excepcionais para a busca da reforma íntima, chegando mesmo, a promover acontecimentos que para muitos é visto como Milagre.

As assertivas que necessitamos desenvolver no nosso cotidiano existencial, não raro se mostram com difícil desenvoltura, visto que não somos ainda detentores de méritos suficientes para aquisições benéficas sem que passemos por ditos “maus momentos”.

São muitas as chances que nos alcançam, contudo, devido a limitação de esclarecimentos espirituais deixamos passar ao largo com muita displicência aquilo que certamente nos faria adiantar o passo na estrada pedregosa e escura que se forma na consciência de cada um quando tratamos do aproveitamento de coisas ou situações que para nós não passam de empecilhos à realização de muitos dos nossos desejos. A forma como nos propomos à ver a vida, nos impede de enxergar de fato o que é real para nosso adiantamento, são muitas as ilusões que surgem sob a forma de bens adquiridos, e essas aquisições, se voltam principalmente para os supostos bem- estares materiais. Desprovidos da vontade de ouvirmos o que nos diz nossa consciência, seguimos vida afora navegando num mar de ilusões fantasiosas que acabam por nos conduzir aos rochedos das inconsequências e  desvios morais onde estão contidos os falsos sentimentos de associar-se a outros seres supostamente com intuitos de ajuda, mas que não passam de engendramentos maledicentes capazes de destruir qualquer que seja a vontade de crescimento, e a partir de atitudes dessa natureza, muitos de nós vamos aos poucos nos transformando em cegos opcionais para não divisarmos à nossa frente o que de fato é a razão real de estarmos aqui.

Não há nem um tipo de acontecimento que não seja visto e ou permitido por Deus; sendo Ele conhecedor do nossos mais profundos sentimentos, não deixaria jamais que filhos seus promovessem constante e indiscriminadamente a discórdia e a miséria geral entre outros seres ou nações até. Muitas ainda serão as vindas a este orbe enfrentadas por nós e em cada uma delas traremos escritos nas páginas do livro inesgotável da nossa consciência, os rabiscos que lá deixamos quando acreditávamos estar escrevendo uma bela história de vida, mas que na verdade, não passaram mesmo de letras soltas que bem poucas vezes formaram alguma palavra; então poderemos de fato enxergar tudo aquilo que nos foi oferecido e nos negamos a aceitar como sendo as luzes que iluminariam nosso caminho, acabamos por optar por uma cegueira que na realidade nunca existiu, o que de fato aconteceu foi a colocação de uma venda formada inconsequências sobre nossos olhos por nós mesmos, para não termos que enfrentar nossos demônios interiores que nos queimavam o espírito todas as vezes que burlávamos os preceitos Divinos, mesmo sabendo que enganávamos mais a nós, do que aqueles de quem tirávamos proveito nos baseando na falta de assimilação vivida por cada um.

Ao desvendarmos os olhos diante das cobranças que nos chegam ao despertarmos no mundo espiritual, começamos a compreender que a opção por supostamente cegarmos nossa consciência, agora se mostra à nós como fogo devorador, causando-nos sofrimentos e dores que parecem nunca terem fim, e que somados aos  erros acumulados durante anos e anos, causam mais dores e revoltas quando conseguimos ver de fato que tudo não passou de uma mera ilusão e que se nos colocamos na condição de cegos, é porque antes de tudo nos vieram as visões do certo e do errado, mas o peso do nosso atraso espiritual ainda se mostra de forma realmente enceguecedora e quando acreditamos dispor uma visão impecável de tudo na vida, começam a surgir as manchas que turvam nossos olhos e passamos somente tatear os paredões que margeiam a estrada que construímos para nós onde o lodo das nossas imprecariedades nos impedem de escala-los por mais fácil que se mostre tal tarefa.

Desvendemos pois nossos olhos para tudo que nos eleva e não nos predamos mais aos descaminhos da cegueira espiritual.


Muita Paz e Luz a todos.

Do livro: Vidas em Desalinho
Pelo Espírito: Josefina
Psicografia: Pedro Aguiar