"Amemo-nos uns aos outros e façamos o que quereríamos que nos fosse feito". Toda religião, toda moral encontram-se encerradas nestes dois preceitos; se fossem seguidos nesse mundo, seríeis todos perfeitos, nada mais de ódio, divergência; direi mais ainda, nada mais de pobreza, porque do supérfluo da mesa de cada rico muitos pobres se alimentariam,
e não veríeis mais, nos sombrios bairros que habitei durante a minha última encarnação, pobres mulheres arrastando consigo miseráveis crianças necessitadas de tudo.(...)
e não veríeis mais, nos sombrios bairros que habitei durante a minha última encarnação, pobres mulheres arrastando consigo miseráveis crianças necessitadas de tudo.(...)
(UM ESPÍRITO PROTETOR, LIÃO, 1860)
EVANGELHO SEGUNDO O - ESPIRITISMO - CAP.XIII - QUE A VOSSA MÃO ESQUERDA NÃO SAIBA O QUE DÁ A VOSSA MÃO DIREITA - ITEM - 9 - A CARIDADE MATERIAL E A CARIDADE MORAL.
Lição de grande valor moral para todos nós que ainda acreditamos que doar o pedaço de pão dormido, a roupa gasta, o calçado sem uso, a moeda que tilinta no bolso; é exemplo de caridade, muitas vezes praticamos esse ato simplesmente para desencargo de consciência com nós mesmos, e sequer paramos um pouco para refletir que de um momento para outro poderemos ser aquele pedinte que suplica uma ajuda. As leis de progresso jamais nos faz regredir na caminhada, contudo costumamos construir estradas onde somos obrigados a passar, e ao nos depararmos com o caminho pedregoso e cheio de espinhos que moldamos para nós, é que nos tornamos pedintes da compaixão principalmente de Deus.
Os mendigos de hoje são aqueles que não souberam auxiliar o próximo quando ele lhe acercou para quem sabe só ouvir uma palavra amiga que o retirasse do estado de desânimo e sofrimento em que se encontrava, como já dissemos antes, nossas ações de suposta benevolência resume-se na maioria das vezes em atitude humilhante que fere muito mais do se nós nos esquivássemos de promover alguma ajuda; importante também saber que precisamos passar por grandes sofrimentos até entendermos que a ajuda maior que conseguimos é a misericórdia de Deus quando nos concede mais uma oportunidade encarnatória para aí recuperarmos o tempo perdido em atos e ações menos aceitas nas leis do Criador.
Na verdade, somos e seremos ainda por um bom tempo, mendigos desprovidos principalmente do recurso maior, aquele que o Cristo nos apregoou e exemplificou mas que, por pobreza moral e espiritual, insistimos em não querer seguir o maravilhoso exemplo e dádiva da caridade para com o nosso próximo. O que mais nos falta a cada dia vivido, é a reconhecimento a aceitação e a prática desse ensino do mestre Jesus: " Amemo-nos uns aos outros, e façamos o que quereríamos que nos fosse feito".
Paz a Todos.
Pedro Aguiar