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Falamos em amor, mas freqüentemente nos pegamos odiando alguém.
Buscamos paz, contudo estamos sempre em guerra íntima.
Senhoreamos a concórdia, mas não raro incitamos a discussão.
Pelejamos com nossos familiares, mas ao menor sinal de deslize; intentamos por desprezar-lhes à própria sorte.
Apontamos pontos falhos em nossos semelhantes mas sem observar que miramos o erro alheio com o dedo sujo das muitas falhas nossas.
Não nos importamos muito com o cultivo da oração no lar, porém criticamos sempre o vizinho afastado do templo.
As cobranças mentais nos acorrem todo instante, mas fechamos olhos e ouvidos da consciência para não sermos incomodados por nós mesmos.
Passos trôpegos nos direcionam para o vício e as desilusões, mesmo assim continuamos a penosa caminhada rumo ao erro.
Vozes e luzes Celestes nos cobram atenção espiritual, mas a escuridão e o silêncio da derrocada moral parece falar e nos iluminar de forma mais promissora.
No campo onde deveríamos semear a união e o progresso, ainda insistimos em promover desuniões e atrasos.
Cultuamos a caridade, mas colocamos à frente de tudo a ostentação, o orgulho, e o tão adoecedor...egoismo
Rogamos constante ajuda ao criador, mas ao tê-la, não dividimos com nosso próximo.
Traçamos constantemente, rotas de evolução na nossa estrada evolutiva, mas ao primeiro sinal de tormenta, o desânimo nos faz estancar o passo.
Sob as vestes de uma falsa autoridade espiritual, cobramos de todos tudo que ainda não conseguimos impor a nós.
Poderíamos converter a lágrima da dor, em líquido que nos lava a chaga do sofrimento adquirido, contudo optamos por nos mostrarmos como eternas vítimas, para a aquisição da compaixão de todos.
Acreditando amar alguém, nos tornamos na maioria das vezes, ditadores da vida alheia.
Sob a falsa ideia de uma afeição concreta, escravizamos e humilhamos a quem mais juramos amar.
Entre outros tantos, esses são apenas uns breves exemplos dos milhares deslizes que cometemos no nosso dia a dia.
Muita Paz e Luz a Todos.
Josefina
Do livro: Vidas em Desalinho
Pelo Espírito: Josefina
Psicografia: Pedro Aguiar