Me pego às vezes buscando algo mais profundo na existência do meu ser, esbarro sempre nas incertezas e no medo daquilo que verei pela frente, tudo parece-me tão familiar e aos mesmo tempo inusitado, então reparo que nada me é estranho, a não ser, eu mesmo.
Minhas reclamações, as súplicas, as críticas são pontos de fuga para minhas fraquezas espirituais que alimento paulatinamente na minha consciência atrofiada e enferrujada pelo óxido da incompreensão tida com os que mais me ajudam.
Me falta o auto estímulo para prosseguir na caminhada, ao longe percebo uma luz que me espera serena e compreensiva, e de vez enquanto me lança jatos de esperança e retorno a estrada com meus passos trôpegos e lentos rumo aquele destino por mim traçado relutando às vezes aos chamamentos das facilidades a me alvoroçarem os desejos animalescos que fazem parte insistentemente da minha formação.
Quero gritar ao mundo que não preciso mais disso, mas estanco de pronto no cadafalso que preparei para mim mesmo. Hó! vozes que malditas que invadem minha consciência me fazendo esquecer o certo e admirar enceguecido o errado, privando-me assim da oportunidade de CRESCER.
Muita Paz e Luz a Todos
Josefina
Do livro: "Passando a Limpo"
Pelo espírito: Josefina Brito
Psicografia: Pedro Aguiar Filho