Ressentimento


Convivemos diariamente com pessoas, situações e informações de todo tipo.
Fatos que nos impelem, muitas vezes, a tomar decisões quase que instantâneas e/ou urgentes.

Quando nos deparamos com pessoas que são contrárias às nossas opiniões, ideologias ou atitudes, nos "inflamamos" de raiva, quase que instintivamente. Nos debatemos em nosso íntimo, atacando a pessoa com pensamentos obsessivos, depreciando-a e às vezes, conjeturando até mesmo planos de revidar o que julgamos ser uma ofensa pessoal.

Nesse mundo globalizado, informações de todos os lados fervilham no noticiário, na internet, nas redes sociais, no trabalho, enfim, em toda parte, bombardeando-nos de sentimentos diversos: alegria, revolta, tristeza, compaixão e tantos outros que disputam espaço em nossa mente, nos animando ou sugando nossas energias.
Energias essas que deveriam ser resguardadas para serem aplicadas em atitudes mais nobres, como por exemplo, um projeto de assistência social.

Decerto, o ser humano naturalmente reage fácil, pois o Espírito encarnado em evolução ainda sofre muitas influências da matéria. Não que isso seja justificativa, mas como bem disse o Cristo: "o homem é mais fraco do que perverso."
Mas não usemos essa desculpa para nos acomodarmos e não tentarmos saber controlar nossas reações instintivas. Não reprimi-las, mas redirecionar essa energia que quer explodir. Pensar em primeiro lugar em não ofender ou diminuir, de qualquer maneira, o próximo; por mais ofendidos que pensemos ser, disciplinemos nossas emoções.

Mas, como disciplinar o instinto?
Vigiando, vigiando e vigiando.

Tentando estar conscientes de nossas atitudes, constantemente fazendo auto-análises, concentrando nossos pensamentos em leituras edificantes e procurando sorrir sempre, são alguns dos passos que já estaremos ensaiando para uma provável mudança.
Nos perguntemos friamente se o melindre que estamos sentindo nos é benéfico, se vai nos engrandecer de alguma forma. Se no futuro vai nos trazer frutos bons ou maus.
Afinal, pra quê melindrar-se nessa vida? Tudo passa, basta ter paciência e fé.

O Cristo sofreu injúrias diretas de todas as formas. Ele sabia de todos os planos covardes que estavam sendo arquitetados contra Ele.
Mas, verifiquem nos Evangelhos se existe algum momento de ressentimento pessoal do Mestre contra os que O ofenderam.
Jesus poderia ter convocado um exército de guardiões celestiais para dizimar toda a população que o traiu na escolha oferecida por Pilatos entre o Mestre e o ladrão Barrabás.
É fácil falar, difícil fazer, mas nos esforcemos para repetir as palavras do Cristo quando diz:
"Pai, perdoai-os, eles não sabem o que fazem."
O ressentimento é um veneno que a gente toma e espera que o outro morra.

Fiquem todos com DEUS e Jesus.