O egoísmo é a maior chaga da humanidade e isso é ponto pacífico.
Basta atentarmos em nosso íntimo, quantas vezes julgamos nossos irmãos que cometem tantas falhas quanto nós, mas que não deixamos de analisar e condená-los.
Porém, o mais agravante dessa situação é quando encontramos em nosso caráter, defeitos que tratamos rapidamente de desculpar, nos enganando e alimentando nosso EGO viciado e doentio de atalhos para a beira do desfiladeiro sombrio.
"Ah, mas Fulano de tal não tem desculpa, ele é mesmo uma pessoa de má índole! Errou por quê quis!"
Mas, e quanto a nós? Seremos tão desculpáveis assim?
Vemos os crimes de corrupção praticados por nossos representantes políticos nos meios de comunicação e, quase que instintiva e mecanicamente, tratamos logo de julgar, sem antes, fazer uma análise de que o erro que está sendo alardeado é um erro não desculpável como os nossos.
Aquele, praticado em grau maior, e os nossos, talvez, em grau menor. Nossa consciência é quem julgará, se o fizer desprovido de qualquer tendência egoística.
Julgamos que merecemos os primeiros lugares nas filas.
Julgamos que merecemos ser sempre alvo dos bons comentários na sociedade em que atualmente estamos encarnados.
Em nossa concepção de vida, definitivamente, não erramos de propósito, porém, devido a nossa fraqueza de espíritos aprendizes.
Conversa!
Só quem não errou foi Jesus.
O primeiro passo para a reforma íntima é vasculhar nossa personalidade.
Verificar o que existe em nós que precisa de melhoramento.
Começar daí a difícil escalada, na atitude árdua, porém, edificante, de lapidação do caráter.
O Mestre, no livro Boa Nova, falando ao ainda arredio Pedro, às vésperas de sua negação ao Mestre, no episódio imortal narrado no Evangelho, em mais uma lição sublime de humildade e perseverança no amor, esclarece:
"Não te suponho ingrato ou indiferente aos meus Ensinos. Mas, vais aprender ainda hoje, que o homem do mundo é mais frágil do que perverso."
Jesus não quis, com esse ensinamento, nos dar uma ferramenta de desculpa para nossos atos cegos.
Não usemos essa fragilidade como escusa para nossas decisões escabrosas.
Vençamos a serpente interna do egoísmo, pensando no próximo antes que em nós somente na hora de praticarmos uma boa atitude.
Fiquem todos com DEUS e Jesus.
