Centro Espírita Caridade e Fé: Em Prol da Saúde e dos Conhecimentos do Bem!
Filosofia e Espiritismo... será que dá pra unir?
Interessante a relação existente entre o Estoicismo grego e o Espiritismo:
Os estóicos acreditavam que o divino (sem referência entre esse conceito de divino e o seu conceito no religioso) se encontrava na harmonia e na perfeição definitiva que existe na Natureza, no grande Todo que comporta a Vida. Mas, esse divino, tal como é o conceito no Espiritismo, não era transcendental ou externo à essa Vida. Ele a completa; ele a imana, tal o termo usado pelos estóicos, para conceituar a ligação dessa perfeição como condição essencial à Existência.
No Cristianismo distorcido ao longo das eras pela mão mesquinha do homem terráqueo, ainda longe da consciência divina, DEUS é um ser a parte na Vida.
Quer dizer, é transcendental à vida.
Não quero dizer que DEUS é Sua própria criação, mas quero somente ressaltar os pontos em comum que existem com essa filosofia primitiva, que já tinha uma noção bem lúcida da consciência do Grande Todo e o conceito dado pelos Espíritos nas respostas dadas a Allan Kardec no Livro dos Espíritos.
Obviamente que o Criador dos mundos não se confunde com sua criação, mas, Ele também não está ocioso em um determinado local específico no Universo, seja essa região do Universo o que imaginarem os físicos, os hindus e até mesmo, os cristãos.
O fato é que DEUS se interpola na Sua criação; estando a criação em todos os lugares de Sua mente, e Ele em todos os lugares da Criação; e isso não se confunde com panteísmo.
Panteísmo significaria dizer que toda a vida existente cessaria um dia para voltar a energia primitiva e esse não é o caso.
A Criação é eterna, e ela em nenhum momento, volta a fazer parte da essência íntima do seu Criador.
Quando dizemos que DEUS está imanado na criação, queremos apenas dizer que nada na vida escapa à perscrutação de Sua Mente Suprema, sendo ainda pra nós, indiferente e desconhecido o modo como se processa essa "ingerência" de DEUS na vida em seu aspecto total.
Nesse aspecto, a noção de Cosmos e Logos, tal como entendiam os estóicos, se aproxima muito do conceito dado pelos espíritos sobre DEUS:
Não existia uma identificação personalizada da Mente Originadora da Vida;
Esse Criador da Vida estava interligado à perfeição e harmonia complexas existentes no Universo e...
Esse Estado Puro de Natureza deve ser o fim a que toda individualidade existente dentro da Criação deve atingir.
Vê-se logo que todos esses pontos "coincidem" muito com alguns existentes nas primeiras questões do Livro dos Espíritos.
Obviamente que existem muitas diferenças entre o Estoicismo puro e o Espiritismo que não foram mencionadas aqui, por que achamos importante para a postagem somente os pontos que norteiam nossa mente a entender que, já de há muito tempo, a trilha para o conhecimento da Sabedoria Divina já estava sendo implantada gradual e adequadamente à cada época, na Terra.
Sendo o assunto bastante complexo para se desenvolver em uma só postagem, vamos encerrar por enquanto, para mais futuramente, quem sabe, nos aprofundarmos mais.
Fiquem todos com DEUS e Jesus.