"O mal está em todos nós" - Revista Veja


A edição da Veja desta semana do 21 de agosto trás uma entrevista com o Psicólogo americano Philip Zimbardo e que tem o título citado acima. Philip comenta sua pesquisa que resultou no livro "O Efeito Lúcifer", onde estão abordadas questões de como o mal cresce e se fortalece em nós.

Por ser um pesquisador e observar distante de padrões religiosos ou que envolva Deus e suas diretrizes filosóficas, Zimbardo conclui que o mal faz parte das pessoas e não há meios de resolvê-los embora consiga-se controlá-lo. E para tal propósito o americano diz que "a melhor vacina contra a prática do mal é o exercício permanente da autocrítica".

Semelhante propósito nos disse Santo Agostinho, em O Livro dos Espíritos, questão 919, quando sugere ter por hábito diário, antes de dormir, refletir sobre nosso dia. Agostinho diz: 

"Fazei o que eu fazia, quando vivi na Terra: ao fim do dia, interrogava a minha consciência, passava revista ao que fizera e perguntava a mim mesmo se não faltara a algum dever, se ninguém tivera motivo para de mim se queixar. Foi assim que cheguei a me conhecer e a ver o que em mim precisava de reforma. Aquele que, todas as noites, evocasse todas as ações que praticara durante o dia e inquirisse de si mesmo o bem ou o mal que houvera feito, rogando a Deus e ao seu anjo-de-guarda que o esclarecessem, grande força adquiriria para se aperfeiçoar, porque, crede-me, Deus o assistiria..."

Certamente vencer o orgulho é o nosso primeiro e maior obstáculo. Mas, o exercício diário como sugere Philip, pode contribuir. Santo Agostinho recomenda fraternalmente a nós, ainda na mesma questão de O Livro do Espíritos, que:

"Dirigi, pois, a vós mesmos perguntas, interrogai-vos sobre o que tendes feito e com que objetivo procedestes em tal ou tal circunstância, sobre se fizestes alguma coisa que, feita por outrem, censuraríeis, sobre se obrastes alguma ação que não ousaríeis confessar. Perguntai ainda mais: ‘Se aprouvesse a Deus chamar-me neste momento, teria que temer o olhar de alguém, ao entrar de novo no mundo dos Espíritos, onde nada pode ser ocultado?Examinai o que pudestes ter obrado contra Deus, depois contra o vosso próximo e, finalmente, contra vós mesmos. As respostas vos darão, ou o descanso para a vossa consciência, ou a indicação de um mal que precise ser curado"... 

Observando a projeção do mal na Terra e a necessidade de extirparmos essa chaga da humanidade Emmanuel, no livro Hora Certa, pela psicografia de Chico Xavier, amplia a discussão e comenta que: 

"Quando todos nós praticarmos o perdão que o Cristo nos legou, teremos afastado do mundo as calamidades da própria guerra, que, na essência, é a cristalização do mal que nos induz a apoiar, voluntária ou involuntariamente, o extermínio de milhões de pessoas".


Reflitamos pois...