Pagar o Mal Com o Bem

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(...)"Amar os inimigos é um absurdo para o incrédulo; aquele para quem a vida presente é tudo, não ver no inimigo senão um ser nocivo perturbando sua tranquilidade, e do qual crê que só a morte pode livrá-lo; daí o desejo de vingança; não tem nenhum interesse de perdoar se isso não é para satisfazer seu orgulho aos olhos do mundo; perdoar mesmo, em certos casos lhe parece uma fraqueza indigna de si; se não se vinga, não lhe conserva menos rancor e um secreto desejo do mal."
Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo XII - Amai os Vossos Inimigos - item 4 - Pagar o Mal  com o Bem


Pelo conteúdo dessa belíssima mensagem  deixada à nós por Mateus, no cap. V. v. 20 e de 43 a 47, podemos observar o quanto nos falta para compreendermos e pormos em prática as leis do verdadeiro amor ao próximo. Vivemos constantemente travando uma luta desenfreada para vencermos a quem quer que se poste em nosso caminho, com o simples intuito de nos auto promovermos materialmente; não raro vemos criaturas empreendendo guerras ao seu semelhante e muitos se comprazem até em dizer que sentem ódio por alguém; se pararmos por um instante e nos perguntarmos qual o conceito que alcançamos perante Deus quando nos posicionamos dessa forma, veremos que nada somamos de bom. Os mais ignorantes de ensinos Cristãos, iludem-se sob a concepção de que depois de uma imedível crise de fúria, basta-lhe dizer que perdoa, mas será que perdoamos mesmo? será que tudo não passa de mais um mascaramento da nossa corrompida moral?.

Muitas vezes, o emprego da palavra perdão, não passa de uma artimanha para que aquele que se encontra na condição de odiado, baixe a guarda e se torne vulnerável ao ataque infame daquele que gera em si a todo momento, subsídios tenebrosos e que ao menor descuido do suposto opositor agride-o de forma cruel e avassaladora.

As leis de Deus não são falhas nem corruptíveis, e a todo momento vemos acontecer fatos que para a maioria são castigos de Deus, quando na realidade, são efeitos de tudo que engendramos para a derrota do nosso próximo. Olhando por uma ótica mais aprimorada, poderemos notar que os nossos inimigos são  construções de um ego adoecido e maledicente; Amar aos nossos inimigos é uma condição presente em nós como tantas outras que nos trazem benefícios incontáveis, contudo, ainda acreditamos ser mais fácil alimentar o ódio do que o amor; não amor possessivo, dominador, doentio, mas, aquele amor que o Cristo nos propõe que não tem apegos nem sentimento de posse.

"Pagar o Mal com o Bem. Necessidade de todos nós, ensejo de poucos."

Paz a Todos.

Pedro Aguiar