Necessidade do Perdão

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(...) Quantas vezes perdoarei a meu irmão? Perdoar-lhe-eis não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes. Eis uma dessas palavras de Jesus que mais devem atingir vossa inteligência e falar mais alto ao vosso coração. (...)
(Simeão, Bordéus, 1862)
EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO - CAP. X - BEM AVENTURADOS AQUELES QUE SÃO MISERICORDIOSOS -  ITEM 14 -  PERDÃO DAS OFENSAS.

Entre as muitas qualidades que por obrigatoriedade devemos desenvolver em nós, encontra-se o Perdão.


Pela desenvoltura de cada ser ser nos deparamos cotidianamente com atitudes que nada retratam essa, não raro vemos acontecer exatamente o contrário; devido a nossa pouca vontade ou disposição evolutiva, estamos sempre nos colocando na condição de agressores ao sermos tratados de forma um pouco mais grosseira; o primeiro sentimento que nos vem à mente é o desejo de vingança e de acordo com a intensidade da "ofensa" tentamos nos justificar ao revidar de forma mais agressiva, que estamos só nos defendendo e que o nosso oponente é o culpado de tal atitude nossa.

Por que será que agimos assim?, será que ao ser colocado diante das piores provas de injuria e violência nosso mestre maior também optou pela vingança por não perdoar seus agressores? nas muitas passagens evangélicas deixadas por Ele em seu ensinamentos, onde está posto que devemos ser mais agressivos que o nosso agressor e que em nenhum momento devemos perdoa-lo.

Alguns de nós já se mostram na condição de ensaio de um acanhado perdão, contudo não passa de uma demonstração egoística e orgulhosa para mostrar aso outros que já adquiriu uma condição evolutiva maior; porém os lábios falam o que o coração está longe de conhecer. Quando submetidos a menor situação de derrota ou humilhação nos tornamos criaturas extremamente articulistas e nos pomos a engendrar meios e planos que nos darão condições de nos vingarmos de preferência da forma mais agressiva possível para que aqueles que nos lesaram sintam toda a força de nossa incompreensão.

A necessidade do perdão está para nós como o alimento material está para o corpo, se ão nos alimentarmos de coisas boas certamente adoeceremos pela falta de nutrientes que o organismo precisa; da mesma forma precisamos alimentar nosso espirito com o alimento do perdão associado à caridade que nos torna criaturas melhores. Perdoar como diz o Cristo, não é uma atitude à ser tomada somente quando nos trará benefícios imediatos, mas a todo momento quando formos acometidos pelo adoecimento da ira e da maledicência alheia.

O estudo contínuo e a prática do mesmo no nosso dia a dia nos fará compreender que nem todos os nossos agressores estão para nós como meros carrascos, mas constantemente estão para nos chamarem a atenção do que muitas vezes falamos ao vento diante de multidões mas que em nem um instante nosso coração e nossa consciência escuta e age.    

Paz a Todos.

Pedro Aguiar