Lágrimas



"Ninguém como o Cristo espalhou na terra tanta alegria e fortaleza de ânimo. Reconhecendo isso muitos discípulos amontoam argumentos contra a lágrima e abominam as expressões de sofrimento.
O paraíso já estaria na terra se ninguém tivesse razões para chorar. Considerando assim, jesus que era o mestre da confiança e do otimismo, chamava ao seu coração todos os que estivessem cansados e oprimidos sob o peso de desenganos terrestres.
Não amaldiçoou os tristes: convocou-os a consolação.
Muita gene acredita na lágrima sintoma de fraqueza espiritual. No entanto, Maria soluçou no calvário; Pedro lastimou-se, depois da negação: Paulo mergulhou em prantos às portas de Damasco: os primeiros cristãos choraram nos circos de martírio... mas, nenhum deles derramou lágrimas sem esperança. Prantearam e seguiram o caminho do Senhor, sofreram e anunciaram a Boa Nova de Redenção, padeceram e morreram leais na confiança suprema.
O cansaço experimentado por amor ao cristo converte-se em fortaleza, as cadeias levadas ao seu olhar magnânimo transformaram-se em laços divinos de salvação.
Caraterizaram-se as lágrimas através das origens específicas. Quando nascem da dor sincera e construtiva, são filtros de redenção e vida; no entanto, se procedem ao desespero, são venenos mortais."

Do livro: Caminho Verdade e Vida
Pelo espírito: Emmanuel
Psicografia: Chico Xavier