Enigmas da Obsessão (Fascinação)

 
A fascinação obsessional é muito mais grave, porque nela o médium é completamente iludido. O espírito que o domina apodera-se de sua confiança, a ponto de impedi-lo de julgar as comunicações que recebe, fazendo-o achar  sublimes os maiores absurdos. O caráter distintivo desse gênero de obsessão é provocar no médium uma excessiva suscetibilidade e leva-lo a não acreditar bom, justo e verdadeiro senão o que escreve; a repelir e mesmo considerar mau todo conselho e observação crítica, preferindo romper com os amigos a convencer-se de que está sendo enganado; a encher-se de inveja dos outros médiuns, cujas comunicações sejam julgadas melhores que as suas; a querer impor-se nas reuniões espíritas, das quais se afasta quando não pode domina-las.
É a influência, sutil e pertinaz, traiçoeira e quase imperceptível, que os Espíritos vingativos exercem sobre o indivíduo objeto de suas vinditas.
Quando se atinge a fascinação, o fenômeno acentua-se e as consequências tornam-se mais graves. O fascinado não se julga ludibriado, já não goza de seu livre-arbítrio integral, só obedece as injunções do Espírito, é a hipnose espiritual a exercer-se.
Mercê da liberdade que o médium outorga ao Espírito, pode este atuar intensamente sobre o perispírito dele,médium, e isso com tanto mais facilidade quanto já não encontra obstáculo, de vez que a vontade mediúnica se lhe rendeu complacente.
 
Fonte: Revista Cristã do Espiritismo
Escrito por: Dr. João Luiz da Silva
 
Em nossa caminhada como trabalhador na casa espírita, temos visto vários casos que se enquadram perfeitamente nessa lição posta pelo ilustre expositor. Muitos companheiros que iniciam como médiuns, não se prendem ao fato de que mediunidade não é privilégio de  poucos, e que exige muita renúncia, estudo e dedicação, para o desempenho dessa grandiosa missão assumida perante Deus; e com o agravante de muitas vezes nos comprometermos com tal tarefa para o resgate de dívidas, adquiridas junto aos que firmamos laços de companheirismo e dedicação para o aprimoramento de ambos, conseguindo assim, melhoras espirituais na atribulada trajetória de vida que nos pertence.
                                                  
                                                                                    Pedro Aguiar