A AIDS É CASTIGO DE DEUS?

                                               

A Aids não veio para moralizar, como dizem muitos. Ela é resultado da promiscuidade e da negligência, é a colheita, da má sementeira. Ela não tem caráter moral, não é punição divina, como dizem alguns. Nós é que a criamos. É como correr na contra mão à 200km/h no meio da rua.
Quando somos acidentados, dizemos que Deus nos castigou. A sífilis aí está com uma incidência terrível. O herpes genital é tão cruel ou pior do que a Aids, e vem se manifestando de forma acelerada. Precisamos compreender que todos nos encontramos na Terra em processo de lapidação. Buscamos a plenitude espiritual, através das ininterruptas jornadas do ir-e-vir, do nascer, morrer e renascer, adquirindo experiências numa área, enquanto, não raro, noutra nos comprometemos. É a dor, ainda, o instrumento que mais nos adverte e que melhor nos lapida as arestas morais, quando deveriam ser o amor e a abnegação a sublimar-nos os sentimentos. Graças a isso, periodicamente a humanidade é visitada por enfermidades ásperas e aparentemente indecifráveis, como foi o caso, no passado, da lepra ou Mal de Hansen, da varíola, da peste bubônica, das enfermidades endêmicas como: tuberculose, câncer, doenças do aparelho respiratório, das alienações mentais e, mais recentemente, da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida.
A Aids é uma manifestação degenerativa do organismo, que tem a sua causa matriz num vírus, hoje identificado, e que apresenta polivalência, já que ele tem a propriedade de sofrer mutações. Em determinado momento, ele modifica a estrutura e passa a ter outras reações, o que vem impedindo a ciência de lograr uma vacina preventiva ou uma terapia de resultados positivos. A Aids é, portanto, um desses recursos de que a Vida se utiliza, para que aqueles que estão incursos nos desequilíbrios morais possam libertar-se dos mesmos.
Só se tornam aidéticos: os que se entregam à promiscuidade sexual, a atos contrários à anatomia estabelecida pela natureza; os hemofílicos e aqueles obrigados a receberem transfusões sanguíneas; os usuários de drogas injetáveis; os nascidos de mães contaminadas. Se tomarmos cuidado na atividade sexual, fazendo uso correto de preservativos descartáveis, estaremos resguardados da Aids na área do sexo. Quanto à transfusão de sangue, este deve ser previamente examinado, para determinar se procede ou não de doador contaminado. No caso da aplicação de drogas, as agulhas e seringas devem ser descartáveis. Em relação aos hemofílicos, que são obrigados a receber transfusões de sangue, o problema tem as suas raízes em vida anterior. Nas crianças que nascem infectadas, a problemática também remonta às encarnações passadas, graças às quais o ser retorna à luta terrestre para expungir, através de um fenômeno degenerativo, os delitos praticados, como o suicídio, a promiscuidade do sexo, o desrespeito à vida, que criam no organismo matrizes receptivas para que o vírus se desenvolva com rapidez. Lembremos que a criança é um espírito velho em corpo novo. Sofrer sem dever seria injustiça de Deus.
A ciência também detectou que um grande número de infectados não tem facilidade de multiplicar o vírus, embora possa tornar-se contaminador, podendo conviver com ele por muitos anos, sem sofrer, na saúde, qualquer dano, ou seja, a pessoa transmite o vírus, mas não sofre com os sintomas da doença. Os grupos de risco estão estabelecidos predominantemente na área do exercício da promiscuidade a que cada um se coloca. São os chamados homossexuais, mas também, os heterossexuais. O vírus chamado HIV, quando se instala, ataca o linfócito, célula do sangue, comprometendo as defesas orgânicas, assim gerando um estado de desequilíbrio, em que qualquer enfermidade nos pode destruir a vida. É como se nós tivéssemos dentro de nós soldadinhos que nos ajudam a combater as doenças que possam nos atacar. Quando adquirimos o vírus HIV, ele mata nossos soldadinhos, e nós ficamos sem defesa orgânica. Os que desencarnam com a AIDS, sofrem do mesmo modo que os desencarnados por gripe, por infarto ou por câncer. Por isso, não devemos ter nenhum preconceito contra a Aids, nenhuma atitude negativa contra o aidético, nenhuma segregação contra as pessoas pertencentes aos grupos de risco. São irmãos necessitados de carinho, assistência e compaixão. O aidético, sim, deve ter medo de nós e não, nós, dele, porque nós o contaminamos com doenças para as quais ele não tem resistências orgânicas. O aidético é que deveria usar máscara, luva, etc., pois uma simples gripe pode matá-lo.

Postado pelo grupo de estudos ALLAN KARDEC.