Lamentos

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Quantos lamentos ditos sem o compromisso do raciocínio, quantas criaturas conjecturando sem medir as palavras. Homens e mulheres presos ainda nas concepções toscas que o agora será o sempre e que os sofrimentos são males ocasionais impostos pelos castigos de uma Deus supostamente raivoso e vingativo.

As cenas se repetem no cotidiano das vidas amarfanhadas pelos descaminhos moldados por atitudes incompreendidas ou incompreensíveis, pois muito nos custa às vezes, interpretarmos os nossos porquês. Fatos que se repetem freqüentemente no nosso cotidiano e que são vistos por nós somente como derrotas e perdas, nunca como alertas para não mais errarmos. O esquecimento do passado - bendito benefício de Deus à nós - em momento algum faz de nós menores que ninguém, é só mais um meio de nos vencermos. Detentores de muita maledicência, mais aprazível nos é, continuarmos a senda das lamentações, buscando sempre nos promessismos chulos as aquisições mais fúteis e de nenhum grau evolutivo para o ser em desenvolvimento, que somos nós.
Lamentações  quase sempre sem nexo, por que incontáveis vezes quando nos lamentamos, estamos buscando a todo custo burlarmos nossa consciência; determinante maior de tudo em nossa vida e que só a vemos quando nos raros momentos em que a dor não cabe mais em seu recôndito de todos os pormenores das nossas existências concedidas continuamente pelo nosso pai celestial é que raramente nos posicionamos na condição de entendedores das aflições sentidas e sofridas e por breves instantes, pelo menos tentamos entender o que se passa conosco.
Por fim analisando bem, os lamentos tendem a ser abolidos do dialeto costumeiros das pessoas, dando lugar a agradecimentos pelos resgates alcançados e realizados pela bênção da dor.
                   Josefina

Do livro: Vidas em Desalinho
Pelo Espírito: Josefina
Psicografia: Pedro Aguiar